É a minha resposta à maldição poética de Aristóteles, discípulo de Platão, que metamorfoseou a arte em receita de bolo.
A arte não é uma fórmula pronta, e os artistas, continuamente, estão inquirindo sobre a limitação desta abordagem. Neste caso, eu sou quase Celíaco.
Como criador, decidi desenvolver um curso provocante, com terminologias novas e desafiantes, explorando a relação histórica entre teatro e fé cristã (ou a aversão à mesma).
Estuprado, por vezes, para catequizar povos e culturas, o Teatro sempre esteve atuando com a “cristandade” e o devaneio lisérgico.
Em minha vida, por exemplo, também estive envolvido com ele por meio da igreja. Como seria meditar o movimento contrário?
Mas hoje vejo que é necessário pensar para além disso.
O curso também explora a questão do conservadorismo individual, que muitas vezes pode ser perigoso como um veneno letal.
Enquanto alguns se apegam ao conservadorismo ortodoxo, a nossa rota desafia a pensar fora da caixinha e romper com as vanguardas teatrais ultrapassadas.
Ainda assim, o Nada Ortodoxo é, de todo e qualquer tom, uma contradição eterna, porque busca ressignificar os mesmos fazeres teatrais arcaicos.
Sejam bem-vindes a um mundo onde nada é sagrado e tudo é possível (e, quem sabe, profano).
Guilherme Stella
26/06/2023
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